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sábado, 9 de junho de 2012

GREVE DOS METROVIÁRIOS EM SP

Em negociação mantida com o Governo do Estado e o Metrô de SP, os funcionários não lograram êxito na proposta: foi rejeitada a liberação de catracas, sugerida para não prejudicar a população. 
Definitivamente a última preocupação do Estado é o usuário. A má intenção patronal está sempre ratificada: culpar os grevistas pelo caos.
Veja a matéria.



Brasil de Fato - 08/06/2012

Governo não aceitou alternativa à greve

Metroviários sugeriram a liberação das catracas ao invés da paralisação do sistema

 
Michelle Amaral
da Redação
Os metroviários propuseram ao governo de São Paulo e à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) a liberação das catracas como alternativa à greve. Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo (Metroviários-SP), Altino de Melo Prazeres Júnior, a proposta foi feita com o objetivo de manter a pressão sobre o Metrô sem prejudicar a população que depende do transporte público para se locomover. “Nós estávamos todos dispostos a trabalhar desde que liberassem as catracas”, afirmou.
No entanto, o Metrô e o governo estadual repudiaram a proposta. Em nota, a companhia disse que responsabilizaria criminalmente os trabalhadores caso as catracas fossem liberadas. “Essa medida nada tem a ver com o direito de greve”, disse o Metrô na nota.
O juiz e professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Luiz Souto Maior, por sua vez, acredita que esta teria sido a melhor forma de realizar a mobilização dos metroviários, porque atingiria apenas a relação entre o empregador e os trabalhadores. “A fórmula que se imaginou para o exercício de greve não se constituiria por si uma ilegalidade, muito pelo contrário, me parece que seria, inclusive, a fórmula mais adequada para que o problema não esbarrasse na população em geral”, afirma.
No mesmo sentido, a militante do Movimento Passe Livre (MPL), Nina Cappelo, defende que se a prioridade do governo fosse o atendimento à população não teria recusado a liberação das catracas. “Se o governo tivesse, de fato, preocupado em resolver a situação e não prejudicar a população, como sempre alega, teria aceitado a proposta dos sindicatos de trabalhar com as catracas abertas”, sustenta.

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